Professor Valdecir: álbum de fotografias e o apelido familiar de "Bonequinha"!

(05 aninhos)

(16 anos!)

(Professor Valdecir: 01 aninho de idade!

O "malacabado", hoje, Professor Valdecir, quase "desembargador" no TJ, líder da Gráfica-TJ, presidente-sócio-majoritário-proprietário-dono-supervisor técnico-diretor de futebol da ESPROVAL Futebol Clube e Bofagens, não é nem sombra do garoto simpático e "bonito", que foi na juventude. Dizem as más línguas que o rapazinho, segundo as mocinhas da época, era um "pãozinho"!

Se o trabalho de modelo, no ano de 1966, não fosse considerado coisa de bicha, coisa de cabra-sem-vergonha, apesar da sua altura atarracada, mero 1,65 de m, nosso Professor teria sido um príncipe das passarelas matogrossenses (na época o Estado ainda não havia sido dividido!)

Vindo das bandas de Camapuã, conta a lenda que várias donzelas ficaram chorando a partida de tão belo partido (moço bonito e com predicados admirados por todos!)

O nosso herói veio "tentar a vida" na cidade grande, pois na corrutela de Camapuã, o futuro era inglório: ou trabalhava no comércio, ou dava aulas ou trabalhava na lavoura com os pais.

"Ao chegar do interior, inocente, puro e besta

Fui morar em Ipanema, ver teatro, ver cinema

Era minha diversão"

(Raul Seixas, o nome da música eu não lembro)

O nosso personagem, sentindo a falta dos pais, não perdia um feriado prolongado pra ir até á terrinha de Camapuã, matar as saudades dos amigos e da família. Ônibus desconfortável, viagem longa e demorada! A verdade é que nosso herói sabia que valia a pena, rever os vales de Camapuã, onde houvera um dia nascido e crescido, tendo ali também feito as primeiras e verdadeiras amizades. Amizades estas, algumas perduram até os dias de hoje.

Mas tudo subitamente mudou. Nosso herói devagarzinho começou a cortar o cordão umbilical. Devagarzinho começou a deixar de ir até a terrinha que lhe vira nascer. Nosso herói estava apaixonado. O nome dela, que lhe dava um prazer enorme em pronunciar, era Cacilda.

Camapuã vai ficando cada vez mais distante, enquanto Cacilda "enraíza" no seu coração. Paixão, era este o nome do sentimento que o dominava.

Amor puro, verdadeiro e completo. Como garoto sério que era, criado no interior, não quis que o amor ficasse circunscrito aos "amassos" no portão. Quis levar mais adiante e a sério a relação.

Cacilda então pede a licença a seu pai para apresentar seu escolhido á família. Marcado a reunião, nosso herói chega engomadinho e é apresentado e se apresenta para a família de Cacilda.

Feito os cumprimentos e aprovado o namoro pelo pai da moça, nosso herói bastante feliz, escuta o, agora, cunhado, sussurrar para a, agora, sua sogra:

"Esse cabelinho encaracolado, esses olhinhos azuis! Esse namoradinho da Cacilda, parece uma bonequinha!"